A
EAD pode também ser definida como uma “relação professor aluno ou
ensino-aprendizagem mediada pedagogicamente e mediatizada por diversos
materiais instrucionais e pela orientação tutorial. Isto é válido tanto para
ambientes pedagógicos tradicionais como para aqueles que usam as novas
tecnologias” (RIANO, 1997, p. 20).
A
educação a distância apresenta características específicas, rompendo com a
concepção da presencialidade no processo de ensino-aprendizagem. Para a EAD, o
ato pedagógico não é mais centrado na figura do professor, e não parte mais do
pressuposto de que a aprendizagem só acontece a partir de uma aula realizada
com a presença deste e do aluno. Sua concepção se fundamenta no fato de que o
processo de ensino aprendizagem pode ser visto como a busca de “uma
aprendizagem autônoma, independente, em que o usuário se converte em sujeito de
sua própria aprendizagem e centro de todo o sistema” (RIANO, 1997, p. 21).

As ações de EAD são norteadas por alguns princípios,
entre eles:
• Flexibilidade, permitindo mudanças durante o processo,
não só para os professores, mas também, para os alunos.
• Contextualização, satisfazendo com rapidez demandas e
necessidades educativas ditadas por situações socioeconômicas específicas de
regiões ou localidades.
• Diversificação, gerando atividades e materiais que
permitam diversas formas de aprendizagem.
• Abertura,
permitindo que o aluno administre seu tempo e espaço de forma autônoma (LEITE,
1998, p. 38).
Esses princípios representam uma ruptura de paradigma com
a educação presencial e apontam para o caráter democrático da EAD, já que esta
nos remete a reflexões sobre os meios utilizados e as estratégias de
acompanhamento e avaliação a serem implementadas, uma vez que a relação
ensino-aprendizagem não mais se restringe ao momento de contato do aluno com o
professor. As duas últimas décadas do século XX são marcadas pela inserção das
tecnologias digitais na EAD. Essas novas ferramentas permitem desenvolver a
aprendizagem mediada por processos de interação síncrona e assíncrona. A
internet causa uma verdadeira revolução no processo ensino-aprendizagem na EAD,
na medida em que o aluno passa a ser considerado mais como parceiro do que como
um agente passivo na construção do conhecimento. Já o professor passa a exercer
um papel coletivo de orientador, colaborador, treinador, mediador e também
parceiro.
http://www.fe.unb.br/catedraunescoead/areas/menu/publicacoes/livros-de-interesse-na-area-de-tics-na-educacao/introducao-a-educacao-a-distancia
0 comentários:
Postar um comentário